01 – AS CLAVES:
Para o teclado iremos usar as claves de SOL e de FÁ. A clave de SOL inicia-se na segunda linha da pauta, classificando as demais notas superiores e inferiores a nota SOL. Já a clave de FÁ inicia-se na quarta linha, e as demais notas se dão nas linhas e espaços superiores e inferiores a essa nota. Veja:
Clave de Sol:
Clave de Fá:
Para lermos uma nota na clave de fá basta subir duas notas em relação à nota da clave de sol. Exemplo: uma nota que está escrita na segunda linha da clave de fá. Na clave de SOL ela se chamará de Sol. Já na clave de FÁ ela se chamará de Si; e assim por diante.
02 – LINHAS E ESPAÇOS NA PARTITURA:
Quando as linhas ou espaços estão dentro da pauta (pentapauta ou partitura), dizemos que as notas estão em linhas ou espaços naturais:
Quando estão fora da pauta, dizemos que elas estão escritas em linhas ou espaços suplementares; que podem ser superiores e inferiores:
03 – AS TECLAS NO TECLADO:
As teclas brancas do teclado representam as notas naturais: Dó, ré, mi, fá, sol, lá e si. E as teclas pretas indicam os acidentes musicais (sustenidos e os bemóis):
Perceba que dó# e réb estão na mesma tecla preta. Quando subimos a nota natural (para direita) damos o nome de sustenido. Quando descemos a nota natural (para esquerda) damos o nome de bemol.
04 – ESCALAS MAIORES:
A escala maior é uma seqüência de notas sucessivas que irão formar um tipo de campo seqüencial onde essas notas aparecerão com muita freqüência na música em que se está tocando. As escalas maiores são a base teórica para todo o estudo da música. A escala maior segue um padrão, de tons e semitons (tom=duas teclas; semitom=uma tecla); onde os semitons aparecerão entre a terceira e a quarta nota; e entre a sétima e a oitava nota. Veja:
Vamos montar as escalas maiores no teclado partindo das teclas enumeradas abaixo:
05 – AS FIGURAS:
As figuras são símbolos usados para representar a duração de cada nota dentro da partitura. Elas podem ser positivas, quando exprimem som; e, negativas quando estão representando pausas:06 – VALOR COMPARATIVO DAS FIGURAS:
Cada figura é o dobro do valor da outra figura e vice-versa. Veja:
07 – OS COMPASSOS:
Um compasso é uma forma de dividir quantitativamente em grupos os sons de uma composição musical, com base em pulsos e repousos. Representamos os compassos por frações, onde o denominador indica a quantidade de vezes que uma semibreve foi dividida (ver valor comparativo). E o numerador indica a quantidade da figura representada no denominador que o compasso terá. Veja:
4 = indica a quantidade de semínimas que serão usadas no compasso
4 = indica que usaremos a semínima como unidade de tempo.
Esse compasso também pode ser representado assim:
3 = indica a quantidade de colcheias que serão usadas no compasso
Esse compasso também pode re presentado assim:
Os compassos podem ser classificados de acordo com dois critérios: se levarmos em conta as notas que o compõem podemos dividi-los em simples e compostos. Se por outro lado considerarmos a métrica, eles podem ser binários, ternários, quaternários ou complexos.
Compassos simples:
Compasso simples é aquele em que cada unidade de tempo corresponde à duração determinada pelo denominador da fórmula de compasso. Por exemplo, um compasso 2/4 possui dois pulsos com duração de 1/4 (uma semínima) cada. Veja:
Compassos Compostos:
Compasso composto é aquele em que cada unidade de tempo é subdividida em três notas, cuja duração é definida pelo denominador da fórmula de compasso. Por exemplo, no compasso 6/8, o denominador indica que uma semibreve foi dividida em 8 partes (em colcheias) e o numerador indica quantas figuras preenchem o compasso, ou seja, o compasso é formado por 6 colcheias.
No entanto a métrica deste compasso é binária, ou seja, dois pulsos por tempo. Por isso cada unidade de tempo não é uma colcheia, mas sim um grupo de três colcheias (ou uma semínima pontuada). Como cada pulso é composto de três notas, esse compasso é definido como composto. Obtém-se um compasso composto multiplicando um compasso simples pela fração de 3/2 por exemplo: o compasso 2/4 é binário simples,(2/4)*(3/2)=6/8 que corresponde a um binário composto. 3/4 é ternário simples, (3/4)* (3/2) = 9/8 que corresponde a um ternário composto 4/4 é quaternário simples, (4/4)*(3/2)= 12/8 que corresponde a um quaternário composto.
Uma característica auditiva não nos permite realizar compassos acima de quatro tempos sem os contar nem subdividir em outros. Por isso, os compassos acima de 4 tempos apresentam sempre uma subdivisão interna em partes menores ou iguais a 4 tempos.
Alguns compositores utilizam compassos com métricas 5/4, 5/8, 7/8, 10/8, 11/8 e várias outras, trata-se sempre de aglomerações. No 5/4, por exemplo, trata-se da justaposição de um 2/4, seguido de um 3/4 (ou vice-versa). Outro exemplo é o 7/4 que pode se formar por um 3/4 e outro 2/4, ou por um 4/4 e um 3/4 e assim por diante, de tantas maneiras quanto for possível dividir em unidades binárias, ternárias e quaternárias. Também pode-se dizer compasso irregular ou alternado.
É interessante notar que o que chamamos de compasso composto são justaposições de unidades ternárias.
08 – AS TRÍADES:
Uma tríade, na música, se refere a qualquer acorde formado por 03 notas musicais.
As tríades sempre se caracterizam pela junção de duas terças, no caso da tríade menor, uma terça menor e uma maior, formando um intervalo de terça menor e um intervalo de quinta justa em relação à fundamental, ou tônica. Por exemplo: No caso de uma tríade de Dó menor, a fundamental ou tônica é a nota do. Colocando-se um intervalo de terça menor, temos a nota mi bemol, e somando a essa terça menor uma terça maior, temos a nota Sol.
Assim, temos as notas DO, Mi bemol e Sol, que são respectivamente a fundamental, a terça menor e quinta justa.
As tríades podem ser: Maior, Menor, Aumentada e Diminuta.
Para formarmos as tríades iremos precisar utilizar as escalas maiores. Iremos utilizar a primeira, a terceira e a quinta nota da escala.
C = dó, ré, mi, fá, sol, lá, si, dó.
Então, a tríade de Dó será: dó, mi e sol.
Tríade Maior:
A tríade maior possui um intervalo de terça maior e um de terça menor.
Terça Maior= dois tons (quatro teclas)
Terça Menor=um tom e meio (três teclas)
Dó à Mi (um intervalo de terça maior)
Mi à Sol (um intervalo de terça menor)
Para representarmos esse tipo de acorde, usaremos apenas a sigla da tônica (primeira nota da escala) = C
Tríade Menor:
A tríade menor possui sua terça alterada por um bemol em relação à sua escala. Ela é constituída por um intervalo de terça menor e um intervalo de terça maior.
Dó à Mib (um intervalo de terça menor)
Mib à Sol (um intervalo de terça maior)
Para representarmos esse tipo de acorde utilizaremos além da sigla um “m” minúsculo = Cm
Tríade Aumentada:
Possui dois intervalos de terça maior em sua estrutura.
Dó à Mi (intervalo de terça maior)
Mi à Sol# (intervalo de terá maior)
Representação em cifra = C5# (leitura: dó com quinta aumentada)
Tríade Diminuta:
Possui dois intervalos de terça menor.
Dó à Mib (intervalo de terça menor)
Mib à Solb (intervalo de terça menor)
Representação em cifra = Cm5b (leitura:dó com quinta diminuta)
Quando a tríade não está invertida, dizemos que está em sua forma fundamental.